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Barragem do João Leite garante abastecimento de água em Goiânia

Apesar da intensificação do período de estiagem, com altas temperaturas e baixa umidade, represa ainda mantém capacidade de reservação em torno de 76%. Isso permite à Saneago reduzir, gradativamente, a área de influência do Sistema Meia Ponte, que costuma sofrer drástica redução de vazão durante o período de seca

O Sistema Mauro Borges/João Leite é responsável por dois terços da produção da água distribuída em Goiânia e na Região Metropolitana. Sua estabilidade, proporcionada pela existência da Barragem do Ribeirão João Leite, tem contribuído fundamentalmente para a manutenção do abastecimento público na Capital. Apesar da intensificação dos efeitos da estiagem de 2021, que já é considerada a maior dos últimos 100 anos, a unidade ainda acumula cerca de 76% da sua capacidade de reservação.

Isso permite à Saneago reduzir, gradativamente, a área de influência do Sistema Meia Ponte, que costuma sofrer drástica redução de vazão durante o período de seca. O Rio Meia Ponte, inclusive, é o foco do Plano de Contingência elaborado para assegurar o pleno funcionamento dos serviços neste ano. Assim, cabe frisar que o cenário apresentado pelo Ribeirão João Leite não aponta possibilidade alguma de realização de rodízio. Pelo contrário, este manancial representa um suporte ao Meia Ponte, proporcionado pela adutora de integração existente entre os sistemas.

De qualquer forma, é sempre importante lembrar que, além das iniciativas em parceria executadas pelo poder público, a população também deve fazer a sua parte por meio do consumo consciente. No hotsite www.saneago.com.br/dicas/, há dicas, orientações e materiais educativos voltados para a economia da água tratada.

Configuração dos sistemas

Temos três sistemas produtores em Goiânia, que utilizam dois mananciais: Meia Ponte (captação superficial) e Mauro Borges/João Leite (água represada). O Sistema Meia Ponte é constituído pela Captação Meia Ponte e pela Estação de Tratamento de Água (ETA) Meia Ponte, cuja capacidade de tratamento é de 2.000 l/s. Já o Sistema Mauro Borges/João Leite engloba a Barragem João Leite, a ETA Mauro Borges e a ETA Jaime Câmara – que têm capacidade de tratamento de 4.000 l/s e 2.000 l/s, respectivamente.

Em aspectos geográficos, o Sistema Meia Ponte abastece as regiões Norte, Noroeste, Oeste e Sudoeste da Capital. Já o Mauro Borges/João Leite faz o atendimento das regiões Leste, Central, Sul e Sudeste – além de parte de Região Norte, em paralelo ao Meia Ponte. Goiânia conta com 125 reservatórios que armazenam mais de 250 milhões de litros de água tratada.

Rompimento de adutora 

Equipes da Saneago executaram reparos em uma adutora de grande porte localizada na 5ª Avenida, no Setor Vila Nova, em Goiânia, na última segunda-feira (20). Para a realização dos trabalhos, o registro precisou ser fechado durante a madrugada, o que levou ao desabastecimento das regiões Centro, Sul e Leste de Goiânia; bem como das regiões administrativas dos bairros Papillon (parcial), Santa Luzia e Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia.

O bombeamento foi retomado na noite do mesmo dia, com recuperação ocorrendo, gradualmente, até a manhã de quarta-feira (22). Sobre este acontecimento, é imprescindível esclarecer que se tratou de uma questão pontual e sem possibilidade de previsão. A referida adutora pertence ao Sistema Mauro Borges/João Leite, não estando a situação relacionada, de maneira alguma, à implantação de rodízio no âmbito do cenário hídrico do Sistema Meia Ponte.

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