Cai taxa de transmissão da Covid-19 em Aparecida
Medidas restritivas continuam na cidade para melhorar cenário que se encontra hoje no laranja
Em Aparecida de Goiânia, a taxa de transmissão da Covid-19, a “R”, está atualmente em 0,94 segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Isso significa que cada 100 pessoas com a doença podem contaminar outras 94, o que indica uma tendência de desaceleração da doença no município conforme parâmetros do Imperial College de Londres. O índice é inferior ao de Goiás (1,1) e do País (1,12) de acordo com a plataforma científica Loft.
Para o Imperial College, renomada instituição inglesa de ensino e pesquisa, de acordo com levantamento divulgado no dia 30 de março, quando essa taxa está acima de 1 a doença está avançando sem controle, como é o caso do Brasil, que está com índice de 1,12. Neste cenário, 100 pessoas transmitem a covid-19 para outras 112. O levantamento feito pela instituição centenária, considerada pólo de desenvolvimento tecnológico e referência internacional para estudos sobre o novo coronavírus, também aponta, dentro da margem de erro, que a R brasileira pode variar de 1,08 até 1,14. Em todo o mundo, o estudo revela que a maior taxa de transmissão da Covid-19 nesta semana está no Azerbaijão (1,63) e a menor na Espanha (0,50).
Resultado positivo
“A taxa de transmissão é essencial para que o município elabore decretos e analise a liberação ou a restrição das atividades. Essa queda demonstra que a população tem aderido ao escalonamento regional e que tem funcionado nossa estratégia de priorizar a proteção à vida humana com a abertura de leitos para a covid-19, o tratamento dos doentes com rigor científico, a testagem em massa e o isolamento e monitoramento dos infectados”, afirma o prefeito Gustavo Mendanha. Porém, ele alerta: “É cedo para comemorar e descuidar das medidas de prevenção como o distanciamento social, as normas de higiene e o uso correto de máscaras. A situação é crítica no País inteiro, milhares de vidas são perdidas a todo instante e cada pessoa precisa contribuir para deter o avanço da pandemia”.
Matriz de risco
A taxa “R” é um dos oito indicadores que subsidiam a matriz de risco desenvolvida pela SMS e aprovada pelo Comitê Municipal de Prevenção e Enfrentamento ao Coronavírus em 18 de agosto de 2020 para monitorar e avaliar a evolução da pandemia na cidade.
O modelo adotado em Aparecida é baseado em estudos internacionais e leva em consideração oito indicadores locais, como informa o secretário de Saúde Alessandro Magalhães: “Sempre com respaldo científico, observamos o número de casos ativos; o número de novos casos ativos por dia; o percentual de resultados positivos entre os exames do tipo RT-PCR realizados; a taxa de propagação do vírus; o tempo médio para obtenção dos resultados dos testes; a taxa de letalidade; a taxa de ocupação de Leitos de UTI Covid-19; e o percentual de profissionais de saúde afastados”.
A partir da análise desses dados o município é classificado com risco baixo (verde), moderado (amarelo), alto (laranja) ou muito alto (vermelho). “Cada indicador é classificado conforme requisitos pré-determinados. Isso gera uma pontuação que é somada e o total obtido indica o risco do município. Se for menor de dez o risco é verde, se for de 10 a 20 pontos o risco é amarelo, de 20 a 30 é laranja e acima de 30 é vermelho”, explica o secretário.
Cenário atual
Segundo dados da SMS, nesta quarta-feira, 31 de março, Aparecida estava no cenário laranja, de alto risco, a taxa de ocupação de leitos de UTI para covid-19 estava em 82% e a taxa de positividade dos exames RT-PCR (Que levam, em média, 24h para ficar prontos) para detecção da covid-19 estava em 24%. “O isolamento social intermitente está contribuindo para melhorar o índice de contaminação em nossa cidade. Todavia, é preciso repetir incansavelmente que estamos lidando com uma variante do novo coronavírus que é mais contagiosa, letal e agrava-se mais rapidamente, e por isso ninguém pode se descuidar agora. Mantenham os cuidados, usem as máscaras tapando o nariz e a boca e fiquem em casa sempre que puderem”, enfatiza Alessandro Magalhães.