Por Emilio Galhardo Filho
Sergio Camargo sequer é um “negro de direita”, como postaram algumas publicações. Afinal, quem combateu e debelou a escravidão foi a direita, numa época em que a esquerda engatinhava.
Sérgio, Kataguiri, Holiday, Nando Moura, Mamãe Falei e outros de igual jaez não são de de direita, extrema-direita ou fascistas.
Eles não são nada.
E enxergaram, do fundo da angústia de suas almas vazias, uma forma de saírem do vaticinado anonimato: dizer o que poderosos gostariam de dizer, mas se envergonham.
Ou, se dissessem, teriam muito a perder.
Esses inexpressivos tomaram a si a tarefa de defender a sanha anticivilizatória do capitalismo ulterior – a tarefa de ser a voz da barbárie.
Com isso, o Poder lhes concedeu colunas em jornal, cargos eletivos e dinheiro e fama no Youtube.
Mas são apenas os homens medíocres de Arendt a realizar a tarefa suja.
