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Homem que vendeu loja a Flávio Bolsonaro revela que foi ameaçado após denúncia

O ex-dono da loja de chocolates comprada pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) contou que foi ameaçado ao tentar denunciar um esquema de notas frias emitidas na loja. A declaração foi dada em depoimento ao Ministério Público na investigação sobre um suposto esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio, à época deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio. A revelação foi feita nesta quinta-feira (13 de agosto), no Jornal Nacional da TV Globo.

Cristiano Correia Souza e Silva vendeu a loja  para  Flávio Bolsonaro em 2015.  No depoimento de Cristiano, ele disse  que foi informado por clientes de que a a loja estaria vendendo produtos abaixo da tabela e, por isso, repassou a queixa  à sede da Kopenhagen. A empresa confirmou à reportagem que a denúncia era verídica e que multou a loja por isso.

Após a denúncia, Cristiano disse que  ele e a mulher começaram a sofrer ameaças quando a notícia da denúncia saiu por parte do sócio do senador na loja, Alexandre Ferreira Dias Santini — que Ministério Público suspeita que seja um laranja.

Cristiano contou que no dia 23 de dezembro de 2016 sua mulher recebeu uma mensagem de Santini com uma imagem de pessoas sendo enforcadas. Eles chegaram a registrar um boletim de ocorrência, mas não levaram a denúncia adiante porque ficaram com  medo.

O MP suspeita que parte dos recursos desviados na Alerj seriam lavados na loja de chocolate, que seria administrada por Flávio e a mulher, Fernanda Boslonaro.

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