Moraes determina que postagens de bolsonaristas investigados não sejam apagadas

O ministro do STF Alexandre de Moraes retirou nesta segunda-feira (22 de junho) o sigilo da sua decisão que permitiu a realização de operações policiais para investigar a organização e financiamento de atos antidemocráticos. Nesta decisão, o magistrado determina que postagens de parlamentares sobre as manifestações não possam ser apagadas e, consequentemente, perdidas pela rede social onde foram postadas.
O ministro fez um pedido especial ao Twitter, onde diversos parlamentares bolsonaristas publicaram vários posts disseminando os atos realizados em 19 de abril, principal objetivo do inquérito.
Na determinação, Moraes estabelece que a preservação das publicações tem que vir acompanhada de dados dos usuários a serem fornecidos pela rede social. O ministro também quer informações como o endereço IP, que pode revelar de onde foi feita a postagem, e também registros de acesso ao Twitter dos usuários nos dias das postagens.
O cuidado do ministro deve-se à possibilidade de o usuário publicar algo e depois apagar, como fez em abril, por exemplo, o presidente Jair Bolsonaro, quando apagou um vídeo que denunciava um suposto desabastecimento no Ceasa (Central de Abastecimento) de Belo Horizonte, depois soube-se que era fake news do presidente.
Este inquérito foi iniciado a pedido da Procuradoria-Geral da República.