Presidente do Vasco entre 2003 e 2008 e de 2015 a 2017, Eurico Miranda, 74, morreu nesta terça-feira (12), em um hospital da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, vítima de câncer no cérebro.
O dirigente estava em estado grave e não conseguia mais se alimentar nos últimos dias. Após encarar um câncer na bexiga e no pulmão nos últimos anos, o dirigente lidava com um tumor no cérebro desde 2018.
Ele também exerceu o cargo de vice-presidente de futebol do clube entre 1990 e 2002. Neste período, a equipe carioca conquistou o Brasileiro de 1997, a Copa Libertadores de 1998, a Copa João Havelange de 2000 e a Copa Mercosul de 2000.
Em novembro, numa reunião do Conselho Deliberativo, já bastante debilitado, precisou de ajuda para se levantar e puxar o grito de Casaca.
Em 2017, completou 50 anos na vida política do Vasco em 2017 . Na oportunidade, disse que o esporte estava pior do que nos anos 1960 e colocou a culpa na profissionalização.
“Vejo esses executivos que vão pulando de um clube para outro e não entendo. Não existe mais a ligação que existia antigamente. Você estava no clube por sentimento, por amor à instituição”, disse Eurico, responsável por montar grandes times vascaínos, como os que venceram os Brasileiros de 1989, 1997 e 2000, e a Libertadores de 1998.
Fora do esporte, o dirigente colecionou denúncias. Deputado federal por dois mandatos, o cartola admitiu que o pagamento de propina existe na política e no mundo do futebol. Mas garante que nunca se beneficiou.
“Tenho certeza que para Bangu não vou”, referindo-se ao complexo penitenciário do Rio.
Na CPI do Futebol, concluída em 2001, o cartola foi indiciado por apropriação indébita do dinheiro do Vasco e falsidade ideológica por uso de “laranja” em desvios de recursos do clube. Ele rebate as acusações.
“Aquilo foi uma briga política. Após a CPI, fui investigado pelo Ministério Público, pela Polícia Federal, mas o resultado quase ninguém publica. Fui absolvido em tudo”, defende-se o cartola. (FOLHAPRESS)