Operação investiga golpe milionário com Césio-137 em Goiás
A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quinta-feira (30), a segunda fase da Operação Césio 171. A ação investiga um esquema de fraude milionária ligado ao acidente radiológico com o Césio-137, ocorrido em Goiânia em 1987. Advogados, um médico e um engenheiro são suspeitos de falsificar documentos e laudos médicos para obter isenções indevidas de imposto de renda de vítimas do acidente.
Durante a operação, a polícia cumpriu cinco mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão na Região Metropolitana de Goiânia. O grupo usava documentos falsos e laudos forjados para abrir ações judiciais em nome de militares estaduais alegando contaminação pelo material radioativo. O golpe causou um prejuízo estimado em R$ 79 milhões, com R$ 1,7 milhão já confirmado como dano efetivo.
A Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) informou que a organização estruturou o esquema com divisão de tarefas e acesso a informações sigilosas para viabilizar as fraudes. A operação busca recuperar os valores desviados e impedir que o grupo continue o golpe.
O nome da operação faz referência ao Césio-137, símbolo do maior acidente radiológico do mundo fora de uma usina nuclear, que marcou Goiânia em 1987. As autoridades vão analisar o material apreendido e não descartam novas prisões.
(A estudante de jornalismo Ana Claudia Venceslau é orientada pelo jornalista Thyago Humberto, editor do Portal Cerrado Notícias)






