A líder radical bolsonarista Sara Winter do grupo armado de extrema-direita “300 do Brasil”, presa nesta segunda-feira (15 de junho) pela Polícia Federal, disse em currículo entregue ao governo federal ter nível superior sem ter concluído. O objetivo era ocupar cargo no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado pelma ministra Damares Alves. A informação foi obtida com exclusividade pela jornalista Constança Rezende, do portal O UOL.
A informação pela jornalista foi adquirida via Lei de Acesso à Informação, o documento apresentado por Sara à pasta chefiada por Damares Alves ocorreu em maio do ano passado. As informações que constam no currículo de Sara contradizem o que diz a Uninter, faculdade onde diz ter se formado, o seu depoimento à Polícia Federal e entrevistas concedidas pela própria manifestante.
O currículo foi apresentado por Sara na ocasião de sua nomeação como coordenadora-geral de Atenção Integral à Gestante e à Maternidade do Departamento de Promoção da Dignidade da Mulher da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, no dia 24 de maio de 2019. Sara trabalhou por cerca de cinco meses no governo. No documento, Sara diz ter graduação em relações internacionais pela Uninter, em 2019, que tem sede em Curitiba. Também afirma ser formada, pela mesma faculdade, em mais três cursos de extensão, no ano de 2017: assessoria em marketing pessoal para candidatos, crimes na administração pública e processos eleitorais.
No entanto, procurada pelo UOL por email, a Uninter afirmou que “a aluna Sara Fernanda Giromini está concluinte somente no curso 2017/02 assessoria em marketing pessoal e político para candidatos (distância Uninter) em 22/03/2017”. Os demais cursos citados no currículo de Sara, segundo a faculdade, “estão com status ativo ” e “em andamento”, informou.
Após reportagem de Constança Rezende, a defesa de Sara Winter não se manifestou até o fechamento deste texto. A ministra Damares também não falou sobre o assunto.
