A PM faz seu trabalho, a PC conclui com maestria o inquérito, mas na audiência de custódia…
Segurança é solto em audiência de custódia
O segurança de uma farmácia que foi flagrado matando um morador de rua na praça da Bíblia, em Goiânia, no dia 15 de janeiro foi preso pela Polícia Civil e, vê bem!, na audiência de custódia foi solto por decisão do juiz Antônio Fernandes, que alegou que a prisão em flagrante de Selmar Pereira Silva não cumpriu os requisitos legais. Pois é…
A sociedade brasileira vem de há muito a criticar diuturnamente essas ‘brechas’ que as leis brasileiras têm. Em casos parecidos como o assassinato do jovem de 19 anos, com uma riqueza descomunal de provas contra criminosos, ainda assim há decisões da justiça que soam como desdém para a sociedade, casos dogmáticos e que não deixam dúvidas de autorias de crimes, mesmo assim, misteriosamente, a justiça brasileira encontra interpretações que não se sabe donde saem e põe em liberdade criminosos que foram pegos com a mão na massa, digo, no crime. São liberados e vão assistir, livres, ao processo se arrastar por anos, às vezes os crimes prescrevem.
Pois bem, sinterizando a tese, um tanto trivial, mas relevante pro debate, acontece o seguinte nalguns casos: ocorre o crime; muita vez alguma testemunha denuncia, a Polícia Militar vai ao local, a Polícia Civil ou Federal investigam, Ministério Público faz o acompanhamento e o que lhe cabe perante a lei, a imprensa faz o seu trabalho de mostrar o que acontecera, tudo é colocado às claras, com importantes e cabais provas, que são entregues à justiça; mas, atenção!, mas a justiça resolve entender que tudo aquilo não fora suficiente e simplesmente toma uma decisão que vai de encontro a tudo aquilo que fora planejado e apurado pelas polícias. Como neste caso do segurança da farmácia, as polícias agiram rápido e com eficiência. E a delegada do caso, Magda D’ávila, concluiu seu trabalho com maestria, dando ao Poder Judiciário o inquérito completo no tocante às provas. Leia o que disse a delegada:
“As imagens falam por si só. São imagens fortes que mostram perfeitamente o autor desferindo a facada no peito da vítima. Ele vai ser indiciado por homicídio duplamente qualificado, pena de 12 a 30 anos”.
Mas, como se sabe agora, a justiça resolveu entender que houve alguma coisa que não estava de acordo com seu entendimento e, por isso ou sabe-se lá mais o quê, deu ao vigilante o direito de responder o processo em liberdade, mesmo as câmeras registrando o crime. Coisas da justiça brasileira.