Cidades

Influenciadora é presa suspeita de sequestrar para extorquir dinheiro de familiar do namorado

A influenciadora digital Yeda Freitas, de 31 anos, que é suspeita de ser cúmplice de um crime de assassinato, foi presa por simular um sequestro para extorquir o tio do namorado em Aparecida de Goiânia, informou a Polícia Civil. De acordo com a investigação, Yeda, junto com o namorado, Gabriel Arantes, simulou o crime para extorquir R$ 1 mil da vítima e, assim, pagar o aluguel da mãe, que estava atrasado.

Em nota, a defesa de Yeda afirmou que a influenciadora não possui qualquer relação com o crime e que, seu namorado assumiu integralmente a responsabilidade pelos acontecimentos. Já a defesa de Gabriel, afirma que os fatos que motivaram a prisão não correspondem ao crime de extorsão.

De acordo com a investigação, o tio de Gabriel compareceu a uma delegacia para informar que o sobrinho estava encaminhando mensagens de áudio, afirmando que tinha sido capturado por policiais quando saía de um motel portando drogas. Dizia ainda que, para não ser preso, teria que pagar R$ 1 mil.

Por medo da situação que envolvia o sobrinho, o tio transferiu o valor para a conta dele via PIX, conforme ele pediu. Os relatos da Polícia Civil afirmam ainda que a vítima do golpe recebeu fotos de visualizações únicas, onde mostrava o sobrinho em pé e com as mãos para trás em frente a um veículo.

Nas mensagens, Gabriel relatava que Yeda foi liberada pelos policiais e que já não estava com ele na suposta abordagem. Além disso, os relatos afirmam ainda que Gabriel pediu a mesma quantia a outros dois familiares.

Após a denúncia do tio, os policiais conseguiram localizar o endereço de Yeda e foram até à residência dela. Segundo a Polícia Civil, no condomínio onde a influenciadora reside, foi encontrado o carro em que aparecia nas imagens enviadas por Gabriel.

No apartamento da influenciadora, o casal foi encontrado em situação de normalidade. No local, estava também presente a mãe de Yeda, de acordo com a investigação.

Ainda segundo a Polícia Civil, após ser perguntado sobre a situação de sequestro informada pelo tio, o namorado da influenciadora informou que a situação nunca existiu e que forjou o crime junto com Yeda, para extorquir e repassar o dinheiro para a sogra pagar o aluguel, que estava atrasado.

Após constatarem a farsa, os policiais algemaram e anunciaram a prisão em flagrante do casal pelo crime de extorsão. Durante o depoimento, a influenciadora permaneceu em silêncio na maioria das perguntas e disse que o namorava Gabriel há 4 meses e que ele a ajudava financeiramente.

Nota da defesa de Yeda Freitas

Yeda de Sousa Freitas, através de seus advogados, em atenção às recentes notícias que a mencionam como suposta coautora em um crime de extorsão, vem esclarecer os fatos à imprensa e à sociedade. No dia 5 de novembro de 2024,Yeda foi detida em flagrante junto a um terceiro (Gabriel Felipe Arantes Silva) por suposta prática de extorsão.

Destaca-se que Yeda de Sousa Freitas não possui qualquer envolvimento com o ato criminoso. No curso do inquérito policial, conduzido pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), todos os depoimentos obtidos – tanto de testemunhas quanto dos próprios envolvidos – atestam que Yeda não participou da preparação ou execução dos atos. O autor do ato, Gabriel Felipe Arantes Silva, inclusive, assumiu integralmente a responsabilidade pelos acontecimentos. Yeda constituiu defesa técnica e está colaborando ativamente para que os fatos sejam rapidamente esclarecidos, visando à sua absolvição e à preservação de sua honra e integridade. Ela permanecerá, durante todo o curso do processo, à disposição do Poder Judiciário do Estado de Goiás para todos os esclarecimentos que se fizerem necessários. A defesa de Yeda de Sousa Freitas permanecerá firme e determinada no compromisso processual para obtenção da verdade. Igor Lázaro Pires Neto, advogado de Yeda de Sousa Freitas

Goiânia, Goiás, 07 de novembro de 2024

Nota da defesa de Gabriel Arantes

Gabriel Felipe Arantes Silva, por meio de seu advogado, vem a público esclarecer que os fatos que motivaram a sua prisão na noite do dia 5 de novembro de 2024 não correspondem à gravidade do delito de extorsão, conforme apontado pela autoridade policial da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC).

Segundo depoimentos colhidos da vítima, de uma testemunha e do próprio investigado, em nenhum momento houve emprego de violência ou grave ameaça, elementos essenciais para a tipificação do crime de extorsão, nesse momento, considerando o estágio atual das investigações, a conduta de Gabriel Felipe aparenta ser mais compatível com o crime de estelionato, tipificado no artigo 171 do Código Penal.

Cabe frisar que Gabriel Felipe agiu de forma isolada, sem a participação de terceiros. Durante seu interrogatório, ele demonstrou arrependimento e comprometeuse a reparar os danos causados à vítima mediante restituição dos proveitos obtidos, que ainda não ocorreu exclusivamente por ausência de expedição da guia de reparação pela própria autoridade policial da DEIC.

Gabriel Felipe está plenamente disposto a colaborar com o processo investigativo, comprometendo-se a comparecer a todos os atos processuais e, para tanto, já constituiu defesa técnica para representá-lo neste processo.

Por fim, conforme garantido pela Constituição Federal, todo cidadão tem o direito a um julgamento justo, conduzido com imparcialidade e respeito aos direitos humanos. Neste momento, sendo fundamental que o Poder Judiciário assegure todas as garantias constitucionais e legais, incluindo o amplo direito de defesa, a presunção de inocência e o devido processo legal, princípios fundamentais de um Estado Democrático de Direito.

Atenciosamente,

João Henrique Rezende Martins, advogado de Gabriel Felipe Arantes Silva

Goiânia, Goiás, 07 de novembro de 2024

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