Em áudio, Capitã Cloroquina diz que tinha um “pênis” na porta da Fiocruz
A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayara Pinheiro, gravou um áudio em que ela profere críticas à Fiocruz e diz que a fundação tem um “pênis” na sua porta.
“Todos os tapetes das portas são a figura do Che Guevara, as salas são figurinhas do Lula Livre, Marielle Vive. É um órgão que tem um poder imenso, porque durante anos eles controlaram, através do movimento sanitarista, que foi todo construído pela esquerda, a saúde do País”, disse.
O áudio circulou ainda em maio de 2020 e foi lembrado nesta terça-feira (25) no depoimento da secretária, à CPI da Covid, que apura as ações do governo federal para combater a pandemia da covid-19.
Ao ser questionada pelo vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), se ainda acha tudo isso da Fiocruz, Mayara, chamada de Capitã Cloroquina, apelido que recebeu por ser ferrenha defensora do uso da cloroquina no tratamento contra a covid-19, ainda que a droga não tenha nenhuma eficácia comprovada, ela respondeu que o áudio foi vazado.
“Nesta época isso era uma constatação de fatos. Existia um objetivo inflável em comemoração a uma campanha na porta da entidade”, expressou.
Ainda no mesmo áudio, que voltou à baila neste depoimento dela, a médica também criticou o Conep.
“Eles dão as regras, mandam no Ministério da Saúde. O Conep [Comissão Nacional de Ética em Pesquisa] é a mesma coisa, o presidente do Conep é nomeado pelo Conselho Nacional de Saúde, que é uma representação popular. A gente paga pra cinco mil pessoas virem a Brasília para tirar a roupa, andar nu, fazer cocô em crucifixo”, diz ela.