Os deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) votaram, por 69 votos e uma abstenção, para abrir o procedimento formal de impeachment do governador do estado, Wilson Witzel (PSC). Esta foi, de acordo com os parlamentares fluminenses, a maior derrota política até agora do governador. Há, até momento, 14 pedidos de impeachment contra o chefe do Executivo.
Witzel e a primeira-dama do estado, Helena Witzel, foram alvo de uma operação da Polícia Federal autorizada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) para investigar possível corrupção nas compras de equipamentos no combate à pandemia da covid-19. A ação, batizada de Operação Placebo, foi realizada em 26 de maio e teve buscas no Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador, e no Palácio Guanabara, sede do governo.
O governador fluminense fez campanha junto ao presidente Jair Bolsonaro; depois os dois políticos tiveram um desentendimento e nos últimos dias Witzel tentava uma reaproximação. Analistas políticos de Brasília dizem que a situação de Witzel é irreversível e que, portanto, o impeachment é somente questão de dias.
