Baldy pode atrapalhar a campanha de Ruth, que terá de achar uma carta nalguma manga por aí
O desejo de Ruth Lopes de disputar esta eleição de 2020 para a prefeitura de Senador Canedo é explícita, percebe-se claramente em cada entrevista da pré-candidata. Um poeta diria que os olhos de Ruth brilham ao aludir eleição municipal de Senador Canedo de 2020. O nome não é lá nenhuma invenção metafísica de assessores e de pessoas próximas à empresária. De fato, Ruth não deve ser ignorada por seus possíveis adversários políticos. Até porque, vá lá, o cenário político em praticamente todo o país este ano não é nada animador. E seguindo uma premissa, que muita vez pode ter um teorzinho de veracidade, quem tá de fora pode ter uma ligeira vantagem. Mas, ora por favor, isso não é uma regra inflexível.
Pois vamos lá, no início deste mês de agosto o Brasil teve a notícia da prisão, pela Polícia Federal, do, digamos, padrinho político de Ruth Lopes na incumbência de sua corrida pela prefeitura de Senador Canedo. Alexandre Baldy, presidente do PP em Goiás, pode ter sido preso na hora mais errada para a candidatura de Ruth. É como se uma peça relevante tivesse sido retirada da máquina da pré-candidata. Nada mais seria tão desagradável que isso para a empresária.
Não entrando, óbvio, na natureza da decisão do juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, no tocante à prisão de Baldy, o que se tem neste momento é que o desgaste já veio à baila, sim. E Ruth, com seus assessores, já tem uma crise à vista pra cuidar.
Para trazermos um exemplo à tona, de quão a PF batendo na porta de aliados é desagradável politicamente, o graúdo político Marconi Perillo teve uma operação da PF à sua frente dias antes das eleições, o resultado disso vimos no primeiro domingo de outubro de 2018.