Este domingo (26 de maio) será o dia D para o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Após sucessivas derrotas no Congresso brasileiro, crises internas e, como dizem na política, fogo amigo, o capitão terá amanhã a prova dos nove e poderá descobrir se está com saldo positivo com o povo brasileiro. A conta não é lá das mais difíceis, aliás é mui fácil. Se as manifestações tiverem um número bom de participantes, Bolsonaro poderá dormir no domingo de cabeça sossegada. “Pô, Thyago, mas o que seria este ‘número bom’? Respondo: Bolsonaro precisa, no mínimo, ter uma quantidade de pessoas igual ou mais de pessoas que as manifestações do dia 15 de maio, dos estudantes contra os cortes — ou contingenciamento — das verbas da Educação, que foram apresentadas pelo ministro Abraham Weintraub.
Muitos disseram durante a semana, e que se diga, pessoas do lado do governo, que seria maluquice convocar estas manifestações neste momento. Bolsonaro percebeu o perigo e acabou recuando. Disse que não participaria. Mas foi um recuo, vá lá, tímido. Pelo que se viu durante a semana, maiormente nas redes sociais, campo de domínio dos apoiadores do presidente, pelo que se viu foi uma movimentação calma e sem aquele apoio e agitação, por exemplo, da campanha de 2018 em favor de Bolsonaro. Isso significa que o capitão poderá ter uma desagradável demostração de que as forças que outro dia ele via, desta vez estas forças perderam a potência e o tamanho. Poderá virar uma marolinha.
Mas, claro, é possível que as ruas sejam tomadas por muita gente. E isso acontecendo, Bolsonaro ganhará mais um bocado de tempo para continuar a… governar.
Jair Bolsonaro esperará o povo na rua amanhã assim como esperou o resultado da eleição de 2018, pode ser bom ou ruim, mas se for negativo, alguns de seus apoiadores dirão, sem dúvida, “Eu avisei, presidente”!