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É uma injustiça julgar o erro de um guarda e generalizar toda a corporação

São vários agentes que nada têm a ver com um possível erro de um colega, que se diga

As coisas  devem estar em seus devidos  lugares, esta é a regra e deve ser seguida. Fomos assaltados, nesta quinta-feira (sete de fevereiro), por uma triste notícia,  que um guarda municipal da cidade de Senador Canedo fora envolvido numa ocorrência em que lhe é imputada a acusação de ser autor de um tiro  contra  um jovem de 22 anos chamado Mateus Batista Rodrigues que, segundo familiares, estava num telhado duma casa, no Jardim Novo Mundo, em Goiânia,  a trabalhar numa instalação dum ar-condicionado. Tudo indica, seguindo uma linha de investigação trivial, que o guarda teria cometido um equívoco ao confundir o jovem Mateus com algum criminoso em ação de roubo, esta  tese é uma possibilidade  que será levada em consideração. Porém  interpretações  atabalhoadas neste momento  só causarão mais desgastes, são, portanto, desnecessárias. A delegacia responsável pelo caso  terá capacidade para elucidar o fato e oferecer ao poder judiciário informações  fundamentais para um julgamento justo. E  que justiça seja feita dentro da lei  brasileira — é o que se espera.

Agora,  vê bem,  o fato ocorrido com este guarda criou nas redes sociais  uma certa iniquidade  contra toda a Guarda Municipal de Senador Canedo. É  um erro — e uma injustiça irreparável — generalizar um fato pontual e isolado e, assim sendo,  colocar todos  os guardas municipais como se fosse profissionais despreparados e incapacitados para exercerem suas atividades. Não é justo tomar este rumo contra a categoria por conta dum   suposto erro de apenas um agente. Não se deve avaliar o todo pela parte, isto é, são  mais de 140 agentes da Guarda  Municipal canedense, são homens e mulheres que se prepararam, muita vez, a vida toda  para  serem  da  Guarda  Municipal e, ao entrarem à Guarda, treinaram e treinam diuturnamente para serem os melhores no que fazem, que é defender o maior patrimônio de uma população: a vida.

Quantos casos  já  noticiamos  de trabalhos da Guarda Municipal  que foram muito bem sucedidos? Quantos casos estes homens e mulheres resolveram e tiraram de circulação elementos   que poderiam tirar as vidas  de  varias pessoas  desta cidade? Quantas quantidades de   drogas  foram tiradas das  ruas? Quantos objetos  foram recuperados pela Guarda de Senador Canedo? Quantas  vidas foram salvas? Talvez a sua, a minha, a de muita gente. Fizeram isso e quantas  vezes  alguém  já  foi até à base da Guarda agradecê-los por tal bravura e coragem?

É uma característica, lamentavelmente, de  parte da sociedade olhar apenas  os erros dos outros, apontar o equívoco do outro, isso  é sempre mais fácil, mais conveniente. Observar os acertos é uma tarefa  um tanto difícil, às vezes fazem isso  de má fé mesmo. Mas é, claro, um erro descomunal.  Quantas outras categorias, da área  da segurança pública e de outras  áreas, erram, cometem excessos, não é? Nem por isso se  deve colocar todo mundo no mesmo barco e colocá-los como errados e incompetentes. É injusto.

Vamos esperar, e torcer muito, para que o menino Mateus se livre dese pesadelo e volte à sua família e ao seu trabalho. E que a justiça tome todas as medidas rigorosas  contra o guarda — se comprovado seu erro. Mas   que todos  possam respeitar esses  pais e mães que fazem parte da Guarda Municipal de Senador Canedo, estes  que saem de casa dia e noite para salvar a vida de todos. De toda a sociedade.  E fazem isso  sem sequer nos conhecer, fazem apenas  por amor à profissão, tão somente.

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