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Thyago Humberto: Sobre a pescaria promovida pela prefeitura de Senador Canedo…

Sobre a pescaria  promovida pela prefeitura de  Senador Canedo…
Ouvi um relato que me cortou o coração, que me deixou muito triste, porém, depois, alegre. Parece um paradoxo intelectual, mas não é e explico o porquê.
Pois bem, um senhor canedense, pai de três filhos e casado, revelou a um amigo meu que está desempregado e sem nada em casa para comer — apenas arroz e farinha. Ele disse que ontem mesmo não teria nada para comer no almoço e nem na janta. E vê bem, ele não disse isso para pedir ajuda a meu amigo, isso foi apenas um comentário, pois o que ele queria mesmo narrar é que ele  foi à pesca no Castro, ontem (dia 19 de abril), e conseguiu pegar peixe e ganhou outros peixes  de amigos que sabem das condições financeiras dele. Falou que estava muito feliz porque tem agora peixes  pra comer pelo menos uns cinco dias para ele e sua família. Falou também que acredita muito na verdadeira amizade, que tinha amigos de verdade, pois os amigos deixaram de levar os peixes pra suas casas e lhe deram. Meu amigo falou que chorou ao ver o relato daquele pai e disse que, mesmo sem poder, terá de ajudar esta família.
Depois vi outros relatos hoje, nas redes sociais, que outras pessoas também dependeram dessa pescaria para poder comer e que conseguiram pegar uns peixes. Que bom!
Todos nós temos o direito de criticar o prefeito, o governador, presidente e demais políticos, isso é um ato democrático, e que bom que vivemos numa democracia. Mas há também os que estão torcendo contra o país, que estão torcendo contra Goiás e que estão torcendo contra os municípios Brasil afora apenas por ódio, apenas porque seus candidatos não venceram as eleições. Fazer política à base de ódio e raiva é, em meu ver, ruim, é desnecessário…
A política tem de ser discutida no campo do respeito, da reflexão salutar e ouvindo o outro, respeitando-o. Qualquer coisa fora dessa rota é maléfico à sociedade em geral.
Encerro: a pescaria  em Senador Canedo foi destaque nos principais jornais do Estado, foi um ato de lazer, diversão e, para muitos, uma forma de levar uma comida para suas casas.
Todos têm o direito de não ter gostado dessa pescaria; assim como outros têm o direito de ter gostado, assim é a humanidade, o livre arbítrio, a liberdade, assim como dizia Jean Paul Sartre: “O homem é condenado a ser livre”.

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